Passei anos na faculdade ouvindo de todos os professores a mesma norma: "nunca usem o verbo ser/estar em títulos". Sempre sob o velho pretexto de que é recomendado pela Folha.
Outras proibições, como ponto-e-vírgula e dois-pontos, eram sempre repetidas, mas jamais questionadas.
Fui tirar as caras com o Manual: não há menção sobre uso de verbo ser/estar em títulos. Existe, sim, a interdição para os outros casos acima mencionados, "exceto em casos autorizados pela Secretaria de Redação" (p. 100)
De uns tempos para cá, li com mais atenção o noticiário da Folha e do Globo na internet. Cabe ressaltar que esse último, além de possuir um manual de redação distinto, tem um estilo jornalístico diferente do primeiro.
Pessoal, não é nada difícil encontrar verbos ser/estar ou pontos-e-vírgulas em títulos. Enquanto escrevo esse post, esbarro por alguns:
Advogado acusado de estelionato é preso em SC (G1)
Boris Ieltsin, 1º presidente pós-URSS, é enterrado em Moscou (Folha)
Tricampeão inglês, Leeds está virtualmente rebaixado para 3ª divisão (Folha)
Entregas do IR estão abaixo do esperado (G1)
Mega-Sena tem ganhador do RS; confira os resultados das loterias (Folha)
E olha que estão na capa dos sites, hein?
Acredito que, como alunos, falhamos ao aceitar quietos as normas impostas por um único manual.
Esquecemo-nos que as regras da Folha tratam de apenas uma maneira de escrever, dentre dezenas existentes. A faculdade deve fomentar o exercício de vários estilos distintos.
Ao abrirmos mão de questionar, aderimos à "unanimidade burra" colocada por Nelson Rodrigues (antes de se tornar escritor renomado, Rodrigues era jornalista e dos bons!)
Então, ao invés de acatarmos uma proibição, deveríamos questionar: quais são as exceções?
domingo, 29 de abril de 2007
sábado, 28 de abril de 2007
Salve bugrada!
Vejam um caso de supressão de fonemas, que também pode gerar novas palavras:
Bulgaru (latim) > bugre (português)
No Latim, o termo bulgaru designava não apenas o povo búlgaro, mas queria dizer também "herege", visto que eles não aderiram à religião católica, isso na época do Império Romano.
Em Português, o termo bugre parece não ter fugido ao seu significado original: designa tanto o índio, como também serve para descrever "indivíduo desconfiado, rude, arredio, inculto".
Bulgaru (latim) > bugre (português)
No Latim, o termo bulgaru designava não apenas o povo búlgaro, mas queria dizer também "herege", visto que eles não aderiram à religião católica, isso na época do Império Romano.
Em Português, o termo bugre parece não ter fugido ao seu significado original: designa tanto o índio, como também serve para descrever "indivíduo desconfiado, rude, arredio, inculto".
Pobrema nosso!
Alguém aí já ouviu falar em rotacismo? É um fenômeno lingüístico em que uma consoante distinta se converte em R.
Temos exemplos clássicos na evolução dos idiomas Português e Espanhol, ambos derivados do Latim, mas que também incorporaram palavras germânicas em seu repertório:
Blank (germânico) > blanco (espanhol) > branco (português)
Obligatu (latim) > obligado (espanhol) > obrigado (português)
Platea (latim) > plaza (espanhol) > praça (português)*
* Notem aqui como o T transformou-se em C com o passar do tempo: plata/platza/plaza/plaça. No exemplo do obligatu, o T passou a D em obligatu/obligado
Claro que essa transformação leva centenas de anos para se completar. Mas podemos perceber como o rotacismo integra o processo de evolução lingüística.
Então, se por hipótese uma comunidade que falasse Português e que ficasse isolada durante séculos do contato com outros povos lusófonos, poderia desenvolver um idioma póprio! Sem pobrema argum!
O estudo da lingüística torna-nos consciente de que a língua é uma entidade viva e em constantes evolução e mutação, diferentemente da gramática, que é uma tentativa sempre defasada de apreender um idioma. Nosso erro está em pensar que a gramática define a língua falada. Mas é e sempre será o contrário.
(Post sugerido por boop)
Temos exemplos clássicos na evolução dos idiomas Português e Espanhol, ambos derivados do Latim, mas que também incorporaram palavras germânicas em seu repertório:
Blank (germânico) > blanco (espanhol) > branco (português)
Obligatu (latim) > obligado (espanhol) > obrigado (português)
Platea (latim) > plaza (espanhol) > praça (português)*
* Notem aqui como o T transformou-se em C com o passar do tempo: plata/platza/plaza/plaça. No exemplo do obligatu, o T passou a D em obligatu/obligado
Claro que essa transformação leva centenas de anos para se completar. Mas podemos perceber como o rotacismo integra o processo de evolução lingüística.
Então, se por hipótese uma comunidade que falasse Português e que ficasse isolada durante séculos do contato com outros povos lusófonos, poderia desenvolver um idioma póprio! Sem pobrema argum!
O estudo da lingüística torna-nos consciente de que a língua é uma entidade viva e em constantes evolução e mutação, diferentemente da gramática, que é uma tentativa sempre defasada de apreender um idioma. Nosso erro está em pensar que a gramática define a língua falada. Mas é e sempre será o contrário.
(Post sugerido por boop)
sexta-feira, 27 de abril de 2007
Quando tudo está perdido...
... sempre pode piorar.
Deu no G1: "Gretchen se filia ao PPS e faz curso para tentar disputar a prefeitura de Itamaracá (PE)".
Pois a cantora Gretchen, ícone pop dos anos 80 e musa de 10 a cada 10 marmanjos com mais de 25 anos (hoje vocês negam, né??), quer seguir os passos de seus colegas de estrelato, como Clodovil Hernandez e Frank Aguiar.
E olha que ela tem se espelhado em gente importante, como a senadora Denise Frossard (PPS/RJ): "Eu a vi falando algumas vezes e concordo com muitas coisas que ela diz. Gosto do jeito guerreiro dela".
Gretchen intitula-se "pioneira no setor retro-rebolativo", que trocando em miúdos quis dizer que inventou essa jeringonça de mostrar o bundão na televisão.
De acordo com a matéria, "O mote da campanha para a administração de Itamaracá será o desenvolvimento turístico e a geração de empregos". Alguém duvida que ela não ganhe as eleições em 2008?
Por isso é que eu digo: democracia é para os fracos. Viva o fundamentalismo!
Pensamentos edificantes - 2
Verifiquem se não é: ninguém fala mais entusiasticamente de livre-empresa e competição, de leis-de-mercado e "que vença o melhor" do que a pessoa que herdou tudo do pai. (Millôr Fernandes, em "A Bíblia do Caos)
Pensamentos edificantes - 1
A primeira vez em que um publicitário me falou em house-órgão, eu pensei que se referia ao pinto de seu pai. (Millôr Fernandes, em "A Bíblia do Caos")
'TeleSena é bingo camuflado', define STJ
Saiu no site Espaço Vital: Procuradoria da República afirma que TeleSena só enriquece empresa que a promove
Uma ação que tramita desde 1992 está no STJ e define o plano de sorteios do Grupo Silvio Santos como uma espécie de bingo camuflado. Em 15 anos foram vendidos 3,4 bilhões de cartelas em todo o Brasil, com uma arrecadação de US$ 3 bilhões.
Curioso? Vai lá.
Uma ação que tramita desde 1992 está no STJ e define o plano de sorteios do Grupo Silvio Santos como uma espécie de bingo camuflado. Em 15 anos foram vendidos 3,4 bilhões de cartelas em todo o Brasil, com uma arrecadação de US$ 3 bilhões.
Curioso? Vai lá.
Questão de gênero
Sem a intenção de fazer apologia a guerra de gêneros, mas com muito bom humor, quatro mulheres se uniram para fazer um site dedicado aos relacionamentos amorosos...
e o resultado você pode conferir aqui!
o título do site é no mínimo intrigante...
e os post's rendem boas risadas.
e o resultado você pode conferir aqui!
o título do site é no mínimo intrigante...
e os post's rendem boas risadas.
quinta-feira, 26 de abril de 2007
Maltrataram o Português - 1
Título publicado na capa do caderno Dia-a-Dia do jornal O Progresso (Dourados/MS), em novembro de 2006:
"Apenas 1% do comércio se adeqüa à lei"
Colegas, não se adeqüa nem se adéqua. O verbo adequar é defectivo, isto é, não apresenta todas as flexões.
Por exemplo, no presente do indicativo não existem as formas, EU ADEQUO, TU ADEQUAS, ELE ADEQUA, ELES ADEQUAM. Mas há as formas nós adequamos e vós adequais.
É um verbo "defeituoso", por assim dizer. Um professor de Português explicaria melhor os porquês disso, mas a norma está aí.
"Apenas 1% do comércio se adeqüa à lei"
Colegas, não se adeqüa nem se adéqua. O verbo adequar é defectivo, isto é, não apresenta todas as flexões.
Por exemplo, no presente do indicativo não existem as formas, EU ADEQUO, TU ADEQUAS, ELE ADEQUA, ELES ADEQUAM. Mas há as formas nós adequamos e vós adequais.
É um verbo "defeituoso", por assim dizer. Um professor de Português explicaria melhor os porquês disso, mas a norma está aí.
Dicas de Português com o professor Sérgio Nogueira
Vamos aprender Português com quem entende do assunto? Então feche esse blog e vá direto para "Dicas de Português" com o professor Sérgio Nogueira.
Tio Sérgio é um cara gente-finíssima. Para quem chegou agora, Sérgio Nogueira é o jurado do quadro "Soletrando", no programa Caldeirão do Huck (TV Globo). Aliás, ele é instrutor e consultor em Língua Portuguesa do canal e dos jornais "O Globo" e "Extra".
Tio Sérgio é um cara gente-finíssima. Para quem chegou agora, Sérgio Nogueira é o jurado do quadro "Soletrando", no programa Caldeirão do Huck (TV Globo). Aliás, ele é instrutor e consultor em Língua Portuguesa do canal e dos jornais "O Globo" e "Extra".
quarta-feira, 25 de abril de 2007
Los Hermanos vão parar por tempo indeterminado
Chorem, viuvinhas dos Los Hermanos! A banda carioca anunciou hoje (25 de abril) a interrupção das atividades por tempo indeterminado.
A nota oficial publicada no site da banda informa que a decisão se deve "a necessidade dos integrantes de se dedicarem a outras atividades que vieram se acumulando ao longo desses dez anos de trabalho initerrupto em conjunto".
E antes que vocês perguntem, eu digo: não, eles não brigaram entre si! Ao menos é o que diz a nota oficial.
A banda Los Hermanos é composta por Marcelo Camelo (voz e guitarra), Rodrigo Amarante (voz e guitarra), Bruno Medina (teclados) e Rodrigo Barba (bateria). Em dez anos de carreira, lançaram quatro álbuns: Los Hermanos (1999), Bloco do Eu Sozinho (2001), Ventura (2003) e 4 (2005).
(Com informações do G1)
A nota oficial publicada no site da banda informa que a decisão se deve "a necessidade dos integrantes de se dedicarem a outras atividades que vieram se acumulando ao longo desses dez anos de trabalho initerrupto em conjunto".
E antes que vocês perguntem, eu digo: não, eles não brigaram entre si! Ao menos é o que diz a nota oficial.
A banda Los Hermanos é composta por Marcelo Camelo (voz e guitarra), Rodrigo Amarante (voz e guitarra), Bruno Medina (teclados) e Rodrigo Barba (bateria). Em dez anos de carreira, lançaram quatro álbuns: Los Hermanos (1999), Bloco do Eu Sozinho (2001), Ventura (2003) e 4 (2005).
(Com informações do G1)
valew a intenção...
Para quem ainda tem dúvidas sobre o que é profissão de fé, segue abaixo um belíssimo exemplo:
"Se a humanidade continuar a menosprezar sua própria "sapiência", utilizando água limpa para se livrar das fezes, em pouco tempo não existirá mais pessoas para sentirem sede, pois todas morrerão esturricadas."
... o recado foi bom, poderia até mesmo virar um mantra ecológico.
"Se a humanidade continuar a menosprezar sua própria "sapiência", utilizando água limpa para se livrar das fezes, em pouco tempo não existirá mais pessoas para sentirem sede, pois todas morrerão esturricadas."
... o recado foi bom, poderia até mesmo virar um mantra ecológico.
Caco Barcellos relata experiências a jornalistas de MS
O jornalista Caco Barcellos participou em Três Lagoas do 3º Encontro de Jornalistas de Mato Grosso do Sul, ocorrido no último fim de semana.
Como palestrante, Barcellos relatou um pouco de sua trajetória em mais de 30 anos de carreira. Ele atualmente apresenta um quadro no programa Fantástico (TV Globo), chamado "Profissão Repórter", que produz matérias diferenciadas.
CREDIBILIDADE
Caco Barcellos é bastante prestigiado por suas matérias investigativas. O sucesso do livro "Abusado" (Ed. Record, 2003) fez com que seu nome se tornasse referência no assunto. Para ele, a credibilidade do órgão de imprensa está condicionado à qualidade do trabalho do jornalista.
“É preciso fazer uma diferença entre o jornalismo declaratório (denúncias sem provas) e o jornalismo investigativo (que primeiro busca provas para depois denunciar). Uma matéria investigativa leva de dois meses a um ano de trabalho sério e árduo para ficar pronta e ir ao ar", relata.
(Com informações do radialista Lile Corrêa)
Quinta-feira tem palestra com Delcídio na UCDB
O senador Delcídio do Amaral (PT/MS) fará uma palestra aberta a todos os alunos da UCDB, na noite de quinta-feira, 26 de abril. O parlamentar vai explicar o que é o Programa de Aceleração do Crescimento (PAC), lançado pelo Governo Federal em janeiro deste ano.
Serviço
Onde: Auditório do bloco B da UCDB (Av. Tamandaré, 6000 - Campo Grande/MS)
Quando: a partir das 19 horas
Informações: (67) 3312-3800
Serviço
Onde: Auditório do bloco B da UCDB (Av. Tamandaré, 6000 - Campo Grande/MS)
Quando: a partir das 19 horas
Informações: (67) 3312-3800
terça-feira, 24 de abril de 2007
Jornalistas em greve na editora da IstoÉ
RESUMO: os jornalistas da Editora Três decidiram entrar em greve na tarde de 23 de abril, devido ao recebimento parcial dos salários. A mobilização tenta evitar que se repita a situação de atrasos salariais na empresa, registrada de agosto de 2006 e março deste ano.
A assembléia geral acatou a greve por unanimidade, e ficou marcada uma nova reunião para o dia 25 de abril.
A editora publica as revistas IstoÉ, IstoÉ Gente, IstoÉ Dinheiro, Planeta, Menu e Motorshow. Há relatos de um clima de apreensão na empresa, que está para ser vendida.
(Fonte: O Jornalista)
A assembléia geral acatou a greve por unanimidade, e ficou marcada uma nova reunião para o dia 25 de abril.
A editora publica as revistas IstoÉ, IstoÉ Gente, IstoÉ Dinheiro, Planeta, Menu e Motorshow. Há relatos de um clima de apreensão na empresa, que está para ser vendida.
(Fonte: O Jornalista)
Sugestão de leitura: Entrevistão com Jaguar
... e por falar em 21 de abril, Tiradentes...
Conheça um pouco mais sobre a vida do autor dessa charge: Jaguar (Sérgio Jaguaribe). Um dos mais importantes cartunistas do Brasil, Jaguar tem mais de 50 anos de carreira, e foi um dos fundadores do jornal alternativo O Pasquim, um marco na história do Jornalismo brasileiro.
Entrevista divertida com o véio:
Opa, tem outra:
E mais outra:
(Sugestão enviada pelo fundamentalista talibã Thiago Esser)
segunda-feira, 23 de abril de 2007
A imprensa e o político
A charge aí é do artista plástico gaúcho Thiago Esser. Atualmente ele ilustra matérias que vão ao ar no site Política para Políticos (vale a pena conferir).
O desenho mostra a relação entre a imprensa e o político. Mas quem é quem? - pergunta o jovem artista. (Não estou levando nenhum vintém na jogada, viu?)
Antimanual de Jornalismo - 2
Mais um mandamento que, segundo o pastor Otávio, lhe fora transmitido via satélite direto da redação da BBC de Londres:
"O leitor é sempre especialista em alguma coisa e leigo nas demais. Ele é arquiteto, eletricista, bancário. O jornalista também: ele é especialista em escrever no jornal."
"O leitor é sempre especialista em alguma coisa e leigo nas demais. Ele é arquiteto, eletricista, bancário. O jornalista também: ele é especialista em escrever no jornal."
Antimanual de Jornalismo - 1
Nossa Bíblia tem nome e autor: é o "Antimanual de Jornalismo", escrito pelo pastor Otavio Frias Filho. Para quem chegou agora, o pastor Otávio foi aquele que recebeu a missão divina de prosseguir com as obras da IGREJA DA FOLHA DE S.PAULO DO ÚLTIMO DIA.
Aí vai um dos seus 45 mandamentos:
"A rigor, escreve-se sabe-se-lá o que para sabe-se-lá quem ler".
Aí vai um dos seus 45 mandamentos:
"A rigor, escreve-se sabe-se-lá o que para sabe-se-lá quem ler".
O osso da discórdia
Certo dia fui cobrir um acidente de automóvel. O condutor dirigia sozinho, perdeu o controle do carro e colidiu frontalmente com um poste. Nada grave.
Eu, o foca da vez, terminei o texto assim: "...não teve ferimentos graves, apenas fraturou o osso esterno".
Onde raios eu estava com a cabeça? Teve gente que se prestou a ligar para a Redação e "retificar" o repórter.
- "mas não existe osso externo, todos os ossos são pra dentro do corpo!"
- "será que você não quis dizer fratura exposta?"
Depois da gargalhada geral e da "explica" pro diretor, eu não ia deixar barato. Na semana seguinte, redigi (e publicaram!) a seguinte nota:
O OSSO DA DISCÓRDIA: "... esterno é o osso peitoral, blá blá blá, no dicionário tal, o corpo humano tem órgãos com nomes curiosos, como cóccixs, bigorna..."
Viu no que dá rebuscar? No fim das contas o osso esterno não informou nada a ninguém.
Eu, o foca da vez, terminei o texto assim: "...não teve ferimentos graves, apenas fraturou o osso esterno".
Onde raios eu estava com a cabeça? Teve gente que se prestou a ligar para a Redação e "retificar" o repórter.
- "mas não existe osso externo, todos os ossos são pra dentro do corpo!"
- "será que você não quis dizer fratura exposta?"
Depois da gargalhada geral e da "explica" pro diretor, eu não ia deixar barato. Na semana seguinte, redigi (e publicaram!) a seguinte nota:
O OSSO DA DISCÓRDIA: "... esterno é o osso peitoral, blá blá blá, no dicionário tal, o corpo humano tem órgãos com nomes curiosos, como cóccixs, bigorna..."
Viu no que dá rebuscar? No fim das contas o osso esterno não informou nada a ninguém.
Balearam a gramática
Pérola extraída de uma correção de prova no curso de Jornalismo da UCDB: "estudante universitário é assaltado e morre após baleamento na Capital".
Uma rápida olhadinha no Aurélio e nada. Não existe a palavra baleamento. Mas fala sério: parece tão correto!
Tanto é que, dia desses, a manchete do site Campo Grande News veio com essa: Preso adolescente envolvido em baleamento de garçom
Opa! Nossos coleguinhas tomaram gosto pelo neologismo! Tudo bem que acadêmicos como você e eu tenham dúvidas na hora de redigir seus textos e títulos. Afinal, estamos aí pra isso. Mas e quem está no mercado de trabalho há mais tempo? Que feio!
Uma rápida olhadinha no Aurélio e nada. Não existe a palavra baleamento. Mas fala sério: parece tão correto!
Tanto é que, dia desses, a manchete do site Campo Grande News veio com essa: Preso adolescente envolvido em baleamento de garçom
Opa! Nossos coleguinhas tomaram gosto pelo neologismo! Tudo bem que acadêmicos como você e eu tenham dúvidas na hora de redigir seus textos e títulos. Afinal, estamos aí pra isso. Mas e quem está no mercado de trabalho há mais tempo? Que feio!
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