Se você ainda acha que Sócrates foi um centroavante do Corinthians e que Francis Bacon foi o inventor do toicinho defumado, está na hora de rever seus conceitos sobre filosofia. E o pior lugar para isso é este artigo.
A Antigüidade, por exemplo, foi uma época em que a moda era morar na Grécia, trajar túnicas e filosofar o dia inteiro. Lá pelo século VII a.C, surgiram os Pré-Socráticos, movimento hippie cujo destaque foi a banda de rock psicodélico Os Pitagóricos.
Sócrates aparece no século V a.C quebrando paradigmas: foi o primeiro filósofo a se apresentar com um nome descomplicado (basta lembrar de Xenófanes, Empédocles, Anaxágoras e outros). A época era de rápidas transformações culturais: a dupla sertaneja Platão e Aristóteles emplacou muitas músicas de sucesso na linha “country grego”, como “A República”, “O Banquete”, “Organon” e “Ética a Nicômano”. Mas como nem tudo é perfeito, depois do estrelato surgiram as brigas e desacordos sobre direito autoral. Os dois separaram-se e partiram em carreira solo, cada um fundando a própria escola.
Os ecos das violas de Platão e Aristóteles atravessaram séculos até chegar a Santo Agostinho e a São Tomás de Aquino, na Idade Média. Como o nome já diz, foi uma época em que não se primava tanto pela qualidade da produção musical. As canções eram gravadas no interior de mosteiros ou igrejas de grandes cúpulas, o que prejudicava a acústica e resultava em produções “meia-boca”.
Uma evolução substancial na música filosófica somente foi notada após o advento do Iluminismo, no século XVII, quando as cidades européias passaram a receber energia elétrica. As primeiras guitarras elétricas ganharam fama com seus criadores, como Newton e sua Stratocaster, Descartes com o modelo acústico e Pascal, com a Gibson Le Pascal. Compositores modernos souberam aproveitar o “boom” para emplacar ótimos álbuns e canções: foi o caso do disco Leviatã, de Hobbes, e a trilogia de Immanuel Kant, “Crítica da Razão Pura”, “Crítica da Razão Prática” e “Crítica do Julgamento”.
PUNK ROCK – quando tudo parecia transcorrer na mais alta normalidade, surge um movimento de contestação dentro da música filosófica. Joseph Proudhon fundou a Anarquia, que pregava entre outras coisas o fim da propriedade intelectual sobre as composições. Karl Marx somou forças ao movimento quando lançou seu álbum de capa toda vermelha, “Manifesto do Partido Comunista”, um disco repleto de canções panfletárias e de ordem contra a sociedade capitalista que acabava de se instalar na Europa do século XIX.
Chegamos ao século XXI, e atualmente o cenário musical se vê livre de radicalismos, como o existente em séculos anteriores. Temos o niilista Nietzsche, que fundou a bossa-nova. Para ele, nada mais importa além de “um banquinho e um violão”. Sigmund Freud também seguiu por uma linha de composições mais intimistas. Ele mesmo afirmava que suas músicas são uma “viagem pelo inconsciente”. Podemos ainda citar Karl Popper, que iniciou o movimento pop; Max Horkheimer, que lançou as bases do Heavy Metal; e Adorno, que ficou de enfeite.
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